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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bilhete a um jardineiro querubim

Rosi, amiga de risos frouxos, tecelã de sonhos e fazedora de realidades brincantes deu-me um presente precioso em forma de depoimento:

"Gostaria de falar em confidência, umas coisas que sei do Wolney. Penso que sua pele é tatuada por imagens invisíveis que ele nos mostra aos poucos. Parece que suas criações têm desejo de voar, criar mãos, pés descalços, apalpar o chão, mas as cabeças estão nas nuvens, na lua, zanzando por aí... Ele convive com serpentes misteriosas, santas imaginárias, águas de rebojos secretos, anjos esvoaçantes... ele mesmo tem perfume de menino, querubim travesso que suja as vestes brincando na terra e farfalha fiapos displicentes. Suas invenções, ora vêm em bando, invadem nosso olhar, ora de mansinho...ele abóia, apascenta. Desconfio que ele cochicha palavras doces e elas nascem generosas, encantadas através de suas mãos, pupilas. Ele cultiva campos visuais. Pinça figuras de entreter, nutrir com sabor bom, elas dizem: é hora do recreio! Te quero muito bem, você é necessário em minha vida. Desejo por muito tempo ver você desembrulhar o presente que a madrinha do destino lhe deu.
Rosi."
05 de Junho de 2008

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