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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Por causa da Felicidade

Esta ilustração eu fiz para a agenda 2008 da CAJU que ainda estou desenvolvendo. O tema é "Por causa da Felicidade". A imagem acima é para o mês da Liberdade.

Imagem: Wolney Fernandes

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Quarta semana de novembro

Três músicas da semana:
1ª. Ride - Cary Brothers
2ª. Esquadros - Adriana Calcanhoto
3ª. Marinheira - Nara Leão

Imagem capturada em http://www.tapedeck.org/index.php

Sonhos Guardados

Eu vivo sempre guardando coisas que me são preciosas. E não são apenas cartas ou figurinhas, mas principalmente desejos e lembranças. Eu as guardo, mas elas nem sempre permanecem escondidas ou organizadas como eu imaginei, pois estão sempre vindo à tona para lembrar o que é necessário recordar. Talvez não as memórias e as pessoas, mas os sentidos e as relações provocadas por elas.

Memórias assim são coisas que não podem ser expurgadas porque são as chaves que possibilitam o recomeço, a ressignificação, a volta...

O único momento do meu dia em que tudo isso parece claro são as noites. Nelas, só restam as saudades de pessoas e fatos que já vivi. Nelas, vale a pena deixar rolar as lágrimas em cacho a engravidar meus risos. Nelas, me encontro com os lugares perdidos de manhã e nunca mais anoitecidos. Assim, os cheiros embalados nos braços persistentes da memória vão revelando desamores maiores que os amores que me atam.

Nestes instantes só vale a pena falar do que fui, andei e sofri. Só devo calar e guardar o que sonho.

Imagem: Wolney Fernandes

sábado, 24 de novembro de 2007

Esquadros

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome..." 
[Adriana Calcanhoto]


Imagem: Wolney Fernandes

Meu quintal de possibilidades

Sempre imaginei o quintal da minha casa em Lagolândia como um lugar onde tudo era possível. Dos pés de jabuticaba ao buraco de terra nas raízes na mangueira existia um mar de possibilidades que se mostrava sempre novo a cada dia. Era delicioso quando minha vó varria as folhas e pedras debaixo do pé de manga bahia e fazia resplandecer aquele chão de terra batida. As brincadeiras com minha irmã, meus primos e amigos começavam e terminavam naquele espaço de sombra abundante. Os lanches, quase sempre regados a frutas colhidas no próprio quintal, eram feitos ali. As iguarias por nós elegidas iam de balinhas de tamarindo, com sal no lugar das sementes, a tomates docinhos que a gente colhia na horta. Outubro e novembro eram os meses que tinhamos todas as frutas da estação ao alcance das mãos: caju, manga, jabuticaba, ata, abacate, goiaba, etc...

Quando ventava, o espaço debaixo da mangueira virava meu campo de batalha porque as mangas mais rosadas e amarelas caíam como chuva e eu corria pra dar conta de colher o máximo que pudesse sem me deixar ser atingido por uma manga-míssil. Os 3 pés de jabuticaba eram classificados como pezão e pezinhos. No pezão, onde colhíamos as jabuticabas mais graúdas, acontecia as brincaderias de casinha e cada galho virava um cômodo da casa. O balanço, feito de corda de sisal era amarrado no abacateiro e quando meu pai ia nos balançar eu tinha a sensação que podia voar...

Embora bem menor do que a imagem que eu trazia comigo, hoje, cada árvore e canto daquele quintal traz uma lembrança boa. Tenho certeza que, daqui a muitos anos, quando estiver passando por lá, vou poder olhar cada pedaçinho daquele chão e dizer: eu estou aqui, ali, lá e acolá. Veja como eu sou feliz.

Imagem: Wolney Fernandes

Reinvenções

Reinventando o universo de Santa Dica para dar sentido ao meu mundo particular.

Imagem: Wolney Fernandes

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Presente de Ano Novo



"As estrelas são todas iluminadas. Será que elas brilham para que cada um possa encontrar a sua?"
Antoine de Saint-Exupéry
Meu presente de ano novo já está aqui. Um calendário do Pequeno Príncipe com as famosas frases e ilustrações do livro. Adorei!

domingo, 18 de novembro de 2007

Fascinação por Nara Leão

Minha doce fascinação por Nara Leão nasceu por acaso. Numa visita ao site do estilista mineiro Ronaldo Fraga me deparei com um texto que é uma verdadeira declaração de amor à cantora. Fiquei curioso. Por que usá-la como ponto de partida para criar uma coleção inteira?

Comecei ouvir a discografia de Nara e bastaram algumas canções para me encantar pela voz serena da moça. Os discos das décadas de 60 e 70 são os melhores, com destaque para "Meu primeiro amor" de 1975. Sua trajetória mostrou-me uma Nara insinuante, delicada e tênue com o canto impregnado de doçura e resistência.

Minha voz se junta a voz de Ronaldo pra dizer: Que falta ela nos faz!




Ilustração: Ronaldo Fraga

Lápis Divertidos

Encontrei lápis divertidos na Papelaria do Estudante da Rua 04 no Centro. Nem dá vontade de usar, só de colecionar. Tem pra todos os gostos e custa R$ 3,50 cada.

Ilustrações da Semana

As seis primeiras ilustrações para a Agenda da Rede Educacional Franciscana 2008 já prontas. Agora só faltam mais seis. Ufa!

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Cena de Aeroporto

Ela
Morena, ciente de sua beleza. Alta e de coxas grossas usa uma saia provocante que deixa sua silhueta mais esguia em cima de sapatos plataforma com motivos tropicais. Os cabelos castanhos na altura dos ombros tem mechas claras e está liso para a ocasião. Os óculos escuros escondem seus olhos. De pernas cruzadas folheia uma revista displicentemente. Entre uma página e outra passa a mão pelos cabelos e vasculha o saguão do aeroporto com o olhar. Está sentada na poltrona ao meu lado. O que nos separa é sua bolsa marrom com detalhes dourados.

Ele
Moreno alto. Ombros largos e gingado no caminhar. O boné deixa à mostra só uma pequena parte dos cabelos curtos, mas ondulados. Os fios brancos não condizem com a idade que aparenta ter. Usa calça jeans justa e traz no pulso uma pulseira feita com linhas verdes. Na mão, um copo de Coca-cola com canudinho esconde a bebida alcólica que ele bebe em goles curtos e esporádicos. Os óculos, também escuros recobrem seus olhos.

De forma gaiata ele chega do lado da moça e pergunta se pode sentar-se ali. A permissão é dada então ele se joga na cadeira e escorrega bem à vontade até achar uma posição confortável.
- Marcelo. Muito prazer! - Ele se apresenta virando o rosto e estendendo a mão.
A moça retribui o gesto e diz sorrindo:
- Renata.
Ele sorri e dá um beijo na mão dela:
- Renatinha você é minha salvação.
Ela sem entender direito, reposiciona-se na poltrona, abandona a revista e pergunta mexendo os cabelos:
- Posso saber por que?
Quase que automaticamente ele coloca o rosto bem próximo ao dela e sussurra algo inaudível no ouvido da moça. Ela dá uma gargalhada jogando a cabeça para trás e em seguida mostra a aliança reluzente que traz na mão esquerda.
- Sou casada.
Ele faz um gesto de quem foi apunhalado no coração, sorri e diz não acreditar. Ela reforça:
- Sou casada há oito anos.

Quando ela sorri, ele, de supetão, pede um beijo. Ela levanta os óculos revelando um olhar bem sarcástico e diz não. Ele insiste, ela pega a bolsa do meu lado e sai dizendo que precisa ir ao banheiro.
O moço bebe um gole da bebida com um sorriso no canto dos lábios enquanto ela sai desfilando ciente de que todos os olhares masculinos a acompanham. Quando sai do banheiro, senta-se do outro lado do saguão de costas para o rapaz que parece não se importar com o gesto.

Neste exato momento meu estômago reclama e resolvo procurar algo para comer. Saio sorrindo comigo mesmo da cena que acabei de assistir. Ela foi ótima, penso com meus botões.
No vôo, depois de quase 4 horas a espera do avião para Goiânia me esqueço do casal e quase levo um susto quando, ao retornar do banheiro, vejo os dois no "maior amasso" numa das poltronas da frente da aeronave. Balanço a cabeça e sigo para meu lugar um pouco desanimado com a cena que acabei de presenciar. O meu desapontamento com o comportamento dos dois revela meu olhar estreito (antiquado?) ao lidar com o assunto. Não sei. Coloco o cinto de segurança e olho pela janela. Uma nuvem não me deixa enxergar mais nada. Fecho os olhos e adormeço inquieto.

Imagem capturada em: http://share.skype.com/sites/brasil/images/cancelados.jpg

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Anjo de Florianópolis

Esse anjinho eu ganhei do Alexandre que trouxe lá de Florianópolis. Ele é um detalhe da pintura feita na Capela de Nossa Sra. das Necessidades.

Pé de Flamboyant

Ali era uma ladeira. Mais pra frente, uma casa. Para trás ficava a escola. Do outro lado morava a Maria do Bugi. Por aqui passava uma rua larga. No meio da rua, mas bem no meio mesmo, tinha um pé de flamboyant bem grande que jogava sua sombra pra dentro da casa.

Eu me empoleirava no tronco negro e robusto cheio de nós. Era de lá que a vista alcançava as águas esmeraldas do Rio do Peixe. De lá de cima os olhos perseguiam cada pedaço da paisagem. Era bonito ver o sol salpicado no chão de tijolos quadrados da sala de casa. Era dali que as trilhas nos morros pareciam barbante jogado ao acaso.

No espaço entre um galho e outro meus pés se misturavam ao monte de folhinhas caídas ali desde a última seca. O vento balançava as flores que explodiam em nuances laranja, tecendo um movimento que me enchia de coragem. O princípio do movimento valia para a intensidade do sol e para o aumento do batimento cardíaco que sentia na garganta e não no peito de menino.

A vontade de voar eu recebia do mundo, mas o mundo não sabia da minha intenção. O guarda- chuva quebrado era minha asa. Naquele momento que antecedia o vôo eu ganhava a imortalidade e perdia o medo que tinha do vento me levar direto para as raízes retorcidas do flamboyant. De olhos fechados me lançava... e por instantes voava... mesmo com um tempo limitado, que embora constante e inegável, era irresistível.

Imagem: Wolney Fernandes

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Tempo marcado



O tempo vai deixando marcas enquanto a vida passa.


Vídeo produzido na disciplina "Tópicos Especiais em Imagem e Tecnologia: Novas Mídias" sob a orientação da profª Chantal DuPont e do artista Romeo Gongorra.

Caixa de Música

A idéia é mostrar, semanalmente, 3 músicas que embalaram meus dias. Assim, ao longo do tempo vou ter a trilha sonora desses instantes possíveis. Não dá pra sobreviver sem uma boa música. Trabalhar, estudar, dirigir, adormecer e acordar ficam mais interessantes se tiverem como pano de fundo uma boa seleção musical. Comigo é assim, música pra todo lado, em todo canto e a qualquer hora.Como ainda não sei postar o áudio no blog, vou me contentar em só listar os nomes das canções. Pra ilustrar vou usar imagens bem nostálgicas destas fitas-cassete (lembram?). O site tapedeck tem um montão de imagens delas, de várias marcas e muitos modelos.Só de olhar já sinto saudades das noites que ficava ouvindo a rádio São Carlos FM, esperando passar “aquela” música para gravar. Bons tempos!

Três músicas da semana:
1. O Barquinho – Nara Leão
2. Carry you home – James Blunt
3. 30.000 pés – Pato Fu

Imagem capturada em http://www.tapedeck.org/index.php

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Viagem Insólita

Meia hora depois que partimos de Goiânia me ajeitei na poltrona do ônibus, coloquei Nara Leão pra tocar no meu mp3 player e fechei os olhos. Pronto! – Pensei com meus botões – se depender do meu cansaço, só acordo em Florianópolis.Infelizmente não foi bem assim.

Meu otimismo latente sempre me engana nestas situações. Em uma viagem de 24 horas em um ônibus com 46 universitários da Faculdade de Artes Visuais o que eu menos poderia esperar era sossego. Eu até já imaginava uma bagunça e hesitei antes de me inscrever na viagem, porém o fato de não pagar nada falou mais alto.

Ao conhecer a coordenadora da viagem fiquei mais sossegado. No alto dos seus quarenta e tantos anos, com um filho de vinte e poucos, se apresentava bem articulada e com conhecimento de causa para lidar com um bando de jovens eufóricos para chegar ao congresso. Nesse caso específico é preciso entender que, para a maioria dos passageiros, congresso=praia.Relaxei. Ao som da voz doce de Nara, adormeci.

Acordei de supetão com a coordenadora da viagem sacudindo uma lata de cerveja na minha frente, rindo a toa e dizendo: “Molha os dentes aí! (molhar dentes!?). No susto, recusei e antes de me dar conta da situação direito ela gritou pra todo mundo ouvir: “O pessoal aqui bebe remédio controlado! Quem tem um Gardenal aí pra eles?”.

O “pessoal” a que ela se referia éramos eu e minha colega de mestrado que embarcou comigo nesta viagem insólita para um congresso onde iríamos apresentar nossos artigos.Aquele anúncio da nossa caretice pro ônibus inteiro me fez tomar pé da real situação. Do meio até o final do veículo rolava uma espécie de festa regada à cerveja, música alta e performances. Um aluno com os shorts enrolados na cueca dançava no cilindro que servia de suporte para a descida da escadinha enquanto três fotógrafas faziam o registro da cena peculiar.Na TV, ao invés do filme de ação (não me façam lembrar o nome) que arbitrariamente foi colocado pra passar o tempo, vi a Gretchen em seu filme pornô “La Conga”. Sim, aquela mesma Gretchen que foi presa fazendo boca-de-urna em Senador Canedo nas ultimas eleições.Nem Dante descreveria essa visão do inferno com tamanho realismo. Imaginem a Sra. Gretchen, com aquela boca que não fecha mais de tanta plástica, nua, rebolando e cantando “La Conga” em cima de um cara pelado.

Sob protestos, alguém teve o bom senso de tirar o filme e quando estava me recuperando daquela imagem que vai povoar meus pesadelos de agora em diante, ouvi um grito de uma louca que, sentada na poltrona atrás da minha, cantava: “Galopeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiraaaaaaaa...”Essa era a única parte da música que ela sabia e repetia da forma mais esganiçada possível. Olhei pra ela e tive pena do namorado que a acompanhava. No mínimo ele já estava sem tímpanos. Coitado! Não esboçava reação nenhuma diante dos gritos da amada. Na última “Galopeira” tive a impressão de ver uma amídala dela sendo lançada até a cabine do motorista.Foi então que a coordenadora (tenho que rever meus conceitos sobre coordenação) mandou aumentar o volume do DVD que, agora, substituía o da Gretchen. Tive que me segurar para não lançar-me janela afora quando vi Gino e Geno cantando e pulando como duas paquitas loucas. E pensar que meu avô tinha um disco dessa dupla, há novecentos e cinqüenta anos atrás. Quem ressuscitou esses dois?

Minha sorte foi a parada para o almoço. O auê foi interrompido e o povo sossegou um pouco.Desisti do meu mp3 até porque minha cabeça já não agüentava mais ouvir nada. Lancei mão da Revista Trip que estava na mochila, mas não passei do editorial e logo adormeci. De supetão, acordei novamente com a “bendita” coordenadora com uma marmitex cheia de torresmo na minha frente. A sensação de “deja vu” indicou que desta vez deveria aceitar para não correr o risco de me ver exposto novamente a comentários nada sutis. Devo confessar que estava bem gostoso. Então tracei um plano para prosseguir dormindo apesar da “Festa - parte 2” que se anunciava. Minha fraca resistência a bebida poderia ser bem útil. “Bebo e desmaio, daí não vejo nem ouço nada”. Pensei.

Meu plano começaria na parada para o jantar. Já eram quase 22 horas quando paramos num posto para comer. Minha cabeça ainda doía, mas percebi que o pessoal estava mais tranqüilo. Talvez a calmaria fosse conseqüência da fome. Ao terminar o jantar, desisti do plano da bebida. Meu otimismo (também preciso rever isso) me fez intuir que após a janta, todos, já cansados, iriam dormir de imediato como foi no almoço.

Qual não foi minha surpresa quando já no ônibus, alguém grita assim:- Bota a Gretchen! Vamos ver a “conga” da Gretchen!Nem vi direito quando pulei da poltrona e argumentei: Gente! Chega de TV por hoje! Pra minha surpresa, ganhei vários adeptos que também protestaram contra a Conga da Gretchen. Realmente, a experiência tinha sido traumática para muitos.Então a coordenadora, que nesta hora passou de “bendita” para “maldita” pulou na frente do aparelho e lançou mão de um DVD de Edson e Hudson pra animar o povo e não deixar ninguém dormir. O desespero sobre mim se abateu. Já tinha aberto mão do plano da bebida e nem sequer tinha um plano B na manga. De repente o DVD parou na metade da primeira música. Vibrei! Resolvi apelar pro vodu, mau-olhado, mandinga e tudo o mais que pudesse impedir aquele troço de funcionar. Deu certo. Nem sob as preces dos adeptos o disco pirata não rodava.Pensar que meu mal-olhado tinha funcionado foi um alívio pra minha dor de cabeça e isso me acalmou.

Quando ia me ajeitar pro sono da madrugada uma voz do além lembrou: “O fulano trouxe violão”. Gelei. Ao vivo poderia ser pior. Ainda mais se a moça com uma amídala só resolvesse chamar a Galopeira de volta.Surpreendentemente, a seresta não foi ruim. O moço do violão era afinadinho e o repertório era bem eclético. Até arrisquei cantarolar junto no “todo mundo”. Depois de uns 40 minutos de cantoria começou uma chuva fina e a temperatura baixou. Estávamos entrando no estado do Paraná. Isso fez a turma se aquietar. Luzes apagadas, me ajeitei na poltrona e quando já estava quase adormecendo escuto Ave-Maria de Schubert sendo cantarolada em tom clássico por alguém que resolveu balbuciar além desta, outras canções de repertório erudito. Vai entender...

Esbocei um sorriso bem particular sem conseguir conter o sono e pensei sem deixar meu otimismo vibrar: “Amanhã tem mais”.

Imagem: 'The Black Demon' de Salvador Dali ilustrando a Divina Comédia.

Lavras e Louvores

Quem ainda não visitou a exposição Lavras e Louvores no Museu Antropológico da UFG precisa ir correndo dar uma olhada. A mostra conta nossa região de forma não linear, refutando o mito reducionista do desenvolvimento da modernidade sobre o sertão.
Imagens e textualidades são organizadas pelo viéis do trabalho e da religiosidade permitindo deslocamentos e construções de novas relações. É impossível não se enxergar em detalhes minuciosos de elementos do dia-a-dia.

Poética, com uma vontade de celebrar as micro-narrativas, a exposição se fortalece naquilo que de mais simples compõe nosso cotidiano. Vale a pena conferir.

Exposição Lavras e Louvores
Museu Antropológico da UFG
Praça Universitária, St. Universitário, Goiânia - GO
Horário de funcionamento:
De terça a sexta-feira, das 9 ás 17 h

Imagem: Wolney Fernandes