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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sem imagens... sem sentidos

Nunca gostei da minha letra escrita de caneta azul no papel, da minha voz gravada, da minha imagem em fotografias. Mas sou fascinado pelo instante. Adoro a possibilidade de um agora sem dor e sem ruídos. Talvez por isso meu desejo de fechar os olhos para capturar todos os sentidos que me cercam.

À meia-noite de quarta-feira eu sentei diante do volante no estacionamento vazio e, ao abrir meus olhos, tudo ficou embaçado. Meu coração diminuiu e algo latente pulsava entre o meu peito e minha garganta.

Sei lá... Tudo que eu precisava era sussurrar uma canção suave no seu ouvido. Uma canção numa língua estrangeira, bem sei. Como esses sentimentos que passam agora através de mim. Depois colaria meus lábios na sua nuca e confessaria segredos impronunciáveis em voz alta. Só pra depois cuidar em te dar um abraço apertado, como naquelas primeiras noites no 17º.

Longe de você, fiquei vendo como determinados sentimentos são assim: acontecimentos-acontecidos somente pra deixar marcas de saudades. Sem você pra minha alma tocar, a noite é fria e escura. Por onde andará o sol?

17 de Abril de 2008

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