Por trás de algumas nuvens, posso acompanhar o suicídio do sol. São oito horas (maldito horário de verão!). Um caderno de rabiscos, um bom tempo olhando a cidade pela janela, acompanhando as cores pásteis do entardecer. Na minha filosofia de alcova, meus rituais de solidão começam todos com pensamentos no amanhã.
Desapontado disfarço o sorriso sarcástico ao comparar meu quarto com a Fortaleza da Solidão (aquela do Super-Homem). Lugar onde minhas memórias podem ser descobertas. Lugar onde me encontro e me expresso. Lugar onde reina o isolamento, o distanciamento, o frio...
Perco-me entre os acordes da música que me motivou a escrever isso e sinto medo de terminar só. A cada dia descubro mais de mim mesmo. Rio sozinho ao confirmar minha total incapacidade pra ser um super-homem. As alegrias e as frustrações desse sentimento me vibram a carne. Maldito coração pulsante que enleia mais sentidos na tentativa de achar mais um pedaço do caminho.
Imagem capturada em http://misteridigital.files.wordpress.com/2007/09/fortress-of-solitude-superman.jpg
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