Sem sutilezas, o mês de junho me acorda dos silêncios. Reviro minhas fragilidades buscando desmanchar minha vida inventada e me espanto com tantas fachadas a ruir.
Me assombro quando percebo esse vazio sem nome no meu entorno.
Uma janela sem cortina faz escorrer luz pelo meu corpo e me coloco de pé sem aquela vontade de continuar só com minhas sombras e fantasmas. Minha urgência é desenhar, nas pálpebras do papel, imagens que revelam todas as pontes entre o desejo de mudança e a mudança em si.
Foto: Wolney Fernandes
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