Esta é minha 980ª postagem. Olho para este número e penso nas vinte que virão depois dela para que se complete mil instantes registrados aqui.
Antes, qualquer imagem, perfume ou rabisco que se alojava em mim eu guardava no blog. Agora, demoro mais para voltar neste espaço porque há outros lugares (leia-se: redes sociais) onde posso compartilhar com dois ou três cliques apenas, aquilo que me encanta cotidianamente.
Sensações diferenciadas me fazem encarar estas duas possibilidades. Na primeira, relacionada àquilo que mostro nas redes sociais, a impressão que tenho é que estou na janela do meu apartamento lançando imagens, canções, textos e pensamentos ao sabor do vento em uma rua movimentada. Umas vão... outras voltam em um movimento que se expande, mas nem sempre se aprofunda. Na segunda, aqui no blog, é como se guardasse preciosidades em uma caixinha que pode ser acessada sempre que eu desejar. Por ela, memórias são saboreadas e lembranças reativadas nesse meu cantinho de guardar sentidos.
Eu demoro porque não me obrigo a ter sempre algo para guardar. Afinal, toda obrigatoriedade acaba por tirar um pouquinho do sabor que a vida tem.
Foto: Wolney Fernandes
Um comentário:
Eu tenho uma caixa de guardar sentimentos, fica no meu quarto dentro de alguma das minhas malas. As mala por si só ja é uma caixa de guardar algo, são essenciais para manter viva nossa memoria.
Parabens pelos 980 pots.
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