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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Certificações Escritas

Querida Sofia,

Tá tudo meio atrasado do lado de cá. O blog saiu do ar, as atividades do mestrado recomeçaram e eu tentando achar uma fresta na persiana que mostre nesgas do sol vermelho de agosto. Acho que você não entende nada do que escrevo aqui, não é mesmo? Mas tudo o que escrevo aqui tem a ver com a minha história. Por isso vou repetir com calma: Os últimos dias foram marcados por "suspensões", pelos encontros com anjos e também pelos momentos de profundo silêncio, nem sempre percebidos.

Eu? Continuo aqui, acreditando em possíveis promessas de felicidade. Ontem mesmo escrevi isso naquele caderno gasto que você conhece tão bem. Sempre escrevo o que não digo. Na verdade, sou muito melhor escrevendo que falando. Talvez tenha a ver com as bobagens refletidas nas palavras. Pois é... escrevo também para certificar-me que não haja mais tempestades no meio da tarde, cinzas e outros tons dessa não-cor pontuando minha paisagem interna. Um desvão. No mais, tudo aqui cheira a novo. Espero que você me responda ou que, pelo menos, leia essa carta. A resposta vai surgir em pensamento, assim, como deve ser.

Um afago!

Wolney

P.S.: O mistério das coisas reside em compartilhar. Até segredo, para que assim seja, precisa do ocultamento visível, ou não existe. Portanto, abrindo as gavetas de intimidades guardadas, me deparei com uma novinha em folha para te mostrar. Mas só o farei quando a dança começar. É isso!

Imagem: Wolney Fernandes

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