Decidi não mais continuar com o diário virtual de viagem. Não tem mais graça. Já estou em casa e cheio de outras coisas para postar. Depois do post anterior fiquei ainda mais 6 dias nos EUA. Neste tempo, novas descobertas foram feitas, novas imagens e histórias me conquistaram e velhas saudades deixaram meu coração doido para voltar para casa.
Apesar de difícil, este foi um ótimo exercício para olhar minha própria vida do lado de fora. Algumas angústias acabaram fazendo sentido e outras nem tanto. Encontros foram ganhando contornos mais definidos e meu cotidiano ajustado. Volto com novo fôlego para continuar minha história naquele movimento de ir e vir do céu estrelado de Van Gogh.Há um trecho da introdução de minha dissertação que gosto muito e que diz assim:
"As histórias que me constituem (...) ajudam a desenhar as escolhas que orientaram meu percurso até aqui. Essas escolhas se deram, não apenas agora, mas ao longo da jornada, quando a estrada foi tatuando mapas na sola de meus pés e sulcando destinos nas linhas de minhas mãos.(...) Nesse tempo de idas e vindas venho tentado delinear minha identidade. Hoje compreendo que ela se constitui, substancialmente, à partir destes novos lugares/olhares sobre minha própria trajetória. (...)"
O Pequeno Príncipe ensinou-me que "Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe". Portanto é assim, indo e vindo que vou construindo os caminhos que constroem os percursos da minha existência.
Imagem: A Noite Estrelada (1889) - Van Gogh
05 de Fevereiro de 2008
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