Ali, bem no meio do calor seco de setembro, um dia você abre a janela e sente uma brisa fresquinha. O céu, antes azul, limpinho de nuvens e varrido como terreiro de chão batido agora se mostra todo movimento. Natureza prenha de vidas prestes a explodir.
Pelas ruas, o aroma dos cajus e o brilho fosco das jabuticabas caminham ao seu lado. Então, na beleza de um milagre cotidiano, você começa a enxergar os flamboyants se acenderem com os primeiros pingos de chuva. Águas anunciando que dali em diante estarão no comando do tempo.
Quando estes sinais inebriarem teus sentidos como cheiro de terra molhada é porque a primavera chegou no cerrado.
Foto: Wolney Fernandes
Um comentário:
Oi Volney, agora é minha vez de retribuir a visita. Como sempre, textos belos e sensíveis, como você. Voltarei sempre!
Abraços,
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