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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Amor oferecido

Ultimamente, meu jeito de amar tem sido pauta de minhas inquietações, tamanha é minha pretensão em filosofar sobre o assunto. Como o amor brota em mim? Pelo caminho da sensatez ele nunca durou mais do que alguns meses. Amor necessário é horrível. Bom mesmo é aquele amor que brota da insensatez, dos punhados de vezes que você se enche de coragem para pular de precipícios sem medos.

O amor que brota em mim, ao outro pode parecer inconstante ou até mesmo paradoxal, uma vez que precisa de aconchegos pueris, de cotidianos renovados, de oferecimentos que se sobreponham a recebimentos.

Talvez eu ame assim, tentando oferecer minhas habilidades como extensão desse sentimento que ultrapassa minha razão. Quem sabe, eu ame assim, por temer a força das impermanências, pois para o meu coração, amor oferecido não cessa. Ele é amplo, vasto, total, abrangente...

Imagem: Wolney Fernandes

2 comentários:

Deire Assis disse...

engraçado como a coisa vai se tornando uma rotina, uma quase necessidade (esta, boa). ler vc, por exemplo.

Odailso Berté disse...

Sempre que esta oferta estiver aberta, quero sere espaço generoso para recebê-la. Me vejo desistindo da sensatez de amar, sinto vontades loucas de saltar precipícios, almejo formas abrangentes de gozar amor... Não sei se fui sensato alguma vez, se fui, já foi. Vamos sequir? Repito teu 'canto de ofertótio' preparando a 'mesa de comunhão' para uma insensata orgia de dois corpos... Tomai e comei...