sábado, 30 de junho de 2012
Quando a poesia é corte em carne viva*
"Que dor, se sabe dor, e não se extingue?"
[Drummond]
Aprendi que para tirar a dor daqui de dentro é preciso deixar que ela se transmute em variações cotidianas, sem ópio nem analgésicos. Não quero virar o rosto enquanto a ferida, ainda aberta, expele secreções pungentes.
Para me ajudar a calcular o peso da dor e ter ânimo para caminhar com ela - até que ela fique para trás - misturarei imagens minhas à poesia de Drummond em registros de todo dia e de noites inteiras.
(*) Título da Postagem: Agno Flávio
Imagem: Wolney Fernandes
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Um comentário:
Corta meus dedos e queima minha língua; e meus olhos não se deixam consolar.
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