Dezessete. Essa data pode ser nosso poema. Uma rima onde tudo está contido: a alegria que a vida realça e a saudade que a morte desdobra. E assim, ficamos os dois para sempre neste dia. Eu porque nasci e você porque morreu. Meu aniversário de vida é seu aniversário de morte. Um memorial daquilo que foi e é parte importante também agora. Estendidos como versos, dor e contentamento se recitam mutuamente, em uníssono. E assim, os dias dezessetes passam a ser essa garantia de nunca esquecer.
Plantado de volta na terra que te pariu, ainda estende suas raízes até o chão das minhas tristezas e faz desabrochar presentes... faz chover doçuras e circular perfume de agoras.
Imagem de René Magritte
Um comentário:
Saudades, ternura, amor.
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