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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Noite de Lua

Hoje conheci parte do Campus da OSU (The Ohio State University) e o departamento de Arte-educacao. Nem preciso dizer o quanto me impressionou toda a estrutura e o modo como a universidade está misturada a essa parte da cidade.

Assistimos a dois documentários sobre religiões afrobrasileiras, conversamos sobre os planos para o dia seguinte e fomos comer comida chinesa. Sem duvida a melhor refeição feita até agora. Na volta para o hotel minha orientadora e eu preparamos nossa apresentação para o dia seguinte. Finalmente encontramos um computador disponível para usarmos. Não imaginava o quanto seria difícil acessar a internet ou sequer encontrar um micro para trabalhar. Não há lan-houses na cidade. Todos aqui tem seu computador pessoal. É como um celular no Brasil. Onde quer que você esteja, à sua volta sempre há alguém usando um notebook.


Antes de finalizarmos as tarefas do dia, Leda convidou-me para ir com ela até a casa de uma amiga de longa data para buscar alguns pertences que ela havia deixado aqui antes de voltar para o Brasil. Fizemos uma pausa e seguimos até um bairro bem charmoso da cidade com aquelas casas dos filmes norte-americanos: de madeira, sem cercas, com duas portas, sótão e blá, blá, blá...

A lua que nos acompanhou era imensa e o luar deixava a noite fria ainda mais misteriosa. Tentei fazer uma foto mas a máquina fotográfica não conseguiu captar toda a beleza do ambiente. De lá seguimos para uma lanchonete. Tomamos um chocolate quente antes de voltar para o trabalho que prosseguiu madrugada afora.

Revisamos o inglês para que nada estivesse errado nas apresentações em power point. Em parte nao gosto muito da idéia de facilitar a vida das pessoas daqui em relação a tradução de todo o material para a língua delas, pois elas nem se importam com isso quando estão visitando o Brasil. Porém, foi bom reconstruir toda a apresentação porque fiz novas descobertas sobre minha própria pesquisa enquanto construíamos juntos o roteiro para o dia seguinte.

No quarto olhei uma última vez pela janela procurando rever a lua, mas já não consegui encontrá-la. Uma névoa fina recobria toda a área em frente ao hotel. Fui dormir sem pensar em nada. O cansaço falou mais alto.

27 de janeiro de 2008

Imagens: Wolney Fernandes

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