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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Eu acredito em anjos

Talvez por não ter asas, o desejo de dançar una corpo e alma naquela comunhão indizível que dissolve qualquer dicotomia possível entre um e outro.

Talvez por vontade de voar, perceba a cada dia, mais e mais, a fragilidade que nos invade quando estamos diante do mundo.

Talvez por ter sido ferido, vez-em-quando, medos povoem sua cabeça fazendo nublar pensamentos e vontades.

Talvez por ser tão transparente, limites de um continente inteiro reflitam na retina dos olhos capazes de transformar corpos em simbólicas aquarelas.

Talvez por tê-lo bem próximo, eu acredite em anjos.

Imagem capturada em http://www.barksdale.latech.edu/Engl%20308/A%20TREE%20A%20ROCK%20A%20CLOUD.doc

Um comentário:

Odailso Berté disse...

Mil vezes pedi, baixinho sem ninguém ouvir. Mas alguém ouviu, espalhou meu desejo sem pudor nenhum. Agora sou vítima do pedido que fiz. Fui atendido e demorei a crer no que me tinha sido revelado. A fé veio vindo depois, acanhada, fazendo tipo de sensata. Mas já descambou, levantou a saia e assumiu sua insensatez, quer amar e perder a alma. Minha fé não teologa mais, é bicho de corpo e arde de amores de credo em cruz. Despida, minha fé abraça o anjo que tanto desejou, deita em seu peito e respira segura e amada.