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terça-feira, 17 de abril de 2012

Dezessete de abril de 2012 - Terça


Ontem meu desejo fez brotar a lembrança desta imagem cinematográfica. Hoje eu li um poema da Ana Jácomo que ventilou novos sentidos à esta cena:

"Há algo em mim que não desaprende esse caminho.
Que segue, quando, aparentemente, eu paro. Que continua a luzir, mesmo quando eu tropeço nas minhas sombras.
Além dos meus tempos de muda. Algo que me mostra uma paz intensa e verdadeira.
Que não me deixa esquecer que continuo a ter asas, mesmo quando eu não voo..."

[Ana Jácomo]

Terminei de reproduzir o poema aqui e esta canção perfumou minha manhã. E o dia segue assim, corrido como de costume, mas misturado a desejos, imagens, poemas e canções.

Imagem: cena do filme "Asas do Desejo"

Um comentário:

Gwavira Gwayá disse...

Als das Kind Kind war,
ging es mit hängenden Armen,
wollte der Bach sei ein Fluß,
der Fluß sei ein Strom,
und diese Pfütze das Meer.

Als das Kind Kind war,

wußte es nicht, daß es Kind war,
alles war ihm beseelt,
und alle Seelen waren eins.

Als das Kind Kind war,
(...)



Quando a criança era criança,
andava balançando os braços,
queria que o riacho fosse um rio,
que o rio fosse uma torrente
e que essa poça fosse o mar.

Quando a criança era criança,

não sabia que era criança,
tudo lhe parecia ter alma,
e todas as almas eram uma.

Quando a criança era criança,
(...)


trecho do poema de Peter Handke, no filme Asas do Desejo, de Win Wenders.
Ontem eu assisti Pina. Parece que Win Wenders continua filmando anjos e brincando com crianças...