As lições de catecismo eu subverto em minutos de sabedoria, de riso e ironia. Os santos viraram estampas de camiseta e para suas histórias eu invento finais profanos. Prefiro a devassidão soturna dos quartos paroquiais às falas de púlpitos e presbitérios. Meu hino de louvor é entoado fora dos templos para cada pedacinho de céu que a realidade, mesmo dura, deixa entrever.
Creio que alegria não seja pecado e que a infelicidade de hoje não garante recompensas futuras. Não quero saber de paraíso se, para adentrá-lo, não puder ser quem eu sou. Ainda tenho medo da morte porque acredito que morrer é retornar ao que eu era antes de nascer: nada.
No entanto, acredito que esse nada que eu tanto temo se conecta ao infinito e a vastidão desse universo cheio de mistérios e estrelas. Pensando bem, ainda tenho medo da morte porque, na verdade, eu nunca sonhei ser astronauta.
2 comentários:
Eu creio, mas aumenta a minha fé!
Quanta lucidez... <3
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