
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Em algum lugar

Do 15º episódio da primeira temporada de Brothers & Sisters.
Imagem capturada em http://brothers.and.sisters.free.fr
Amargo Novembro

Sufocado, perco as forças. Eu que já não sou tão forte assim, esmaeço em cores cinzas. A alegria menina se perde em meio ao caos que tomou conta do lado de cá. Procuro certezas dentro do poço escuro, na esperança de também retirar dali as forças que me façam chegar ao final deste mês sem me culpar pelas escolhas que fiz ao longo destes 34 anos.
Amargo novembro das pausas, dos planos virados pelo avesso, do abismo que completa o intervalo entre meus pés e os horizontes vislumbrados. Amargo novembro em que as moendas páram o giro do engenho, em que a despedida desenhada pelos gestos da Pocahontas sai do desenho e vem abraçar meu coração.
Enquanto for novembro permaneço sem forças. Abro a boca e só ouço um grito mudo:
- Cessem os novembros! Tragam-me os dezembros de chuva mansa na janela para colorir meus recomeços.
Imagem: Calendário do Pequeno Príncipe
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Significados Ocultos
Querida Sofia,
Tenho vivido tempos de silêncios.
Neles, escondo fatos ritmados que compõem a coreografia dessa dança de melodia incompreensível que é a vida. Sei que há uma beleza escondida que me tocará revelando cores repletas de significados ocultos. No entanto, agora, não consigo enxergar nada. Preciso que minhas ousadias pulsantes se façam revolucionárias, pois o meu coração quer assim...
Prometo voltar logo!
Beijos!
Wolney
Tenho vivido tempos de silêncios.
Neles, escondo fatos ritmados que compõem a coreografia dessa dança de melodia incompreensível que é a vida. Sei que há uma beleza escondida que me tocará revelando cores repletas de significados ocultos. No entanto, agora, não consigo enxergar nada. Preciso que minhas ousadias pulsantes se façam revolucionárias, pois o meu coração quer assim...
Prometo voltar logo!
Beijos!
Wolney
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Retratos em três tons
terça-feira, 11 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Bonitezas de Novembro
sábado, 8 de novembro de 2008
Mina e Lisa
Mina e Lisa é uma série de internet sobre o cotidiano e os dramas de duas adolescentes japonesas no Brasil. Abaixo, o primeiro dos 24 capítulos:
Vida sem amanhãs
Acordei com aquela vontade de uma vida sem amanhãs. Uma vida simples onde eu não precise mais festejar, em meio a fogos artificiais, todo o meu ano em um único dia. Uma vida de dias doces como brigadeiros e imprevisíveis como os bichos de algodão no céu.
Em dias assim, quando o tempo parece curto demais, escolho uma imagem e tento me dissolver nela. A escolha não é uma decisão consciente, talvez apenas uma tentativa de salvação. A salvação, para o meu alívio, não é monopólio das grandes religiões, nem das doutrinas criadas pelos homens, mas está oculta nos pequenos milagres que nos salvam todo dia.
Minha salvação de hoje é a "A ponte de Heráclito" de René Magritte (sempre ele!):
Em dias assim, quando o tempo parece curto demais, escolho uma imagem e tento me dissolver nela. A escolha não é uma decisão consciente, talvez apenas uma tentativa de salvação. A salvação, para o meu alívio, não é monopólio das grandes religiões, nem das doutrinas criadas pelos homens, mas está oculta nos pequenos milagres que nos salvam todo dia.
Minha salvação de hoje é a "A ponte de Heráclito" de René Magritte (sempre ele!):

quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Doce Novembro

Doce Novembro (Sweet November, EUA, 2001)
Grande questão:
Um mês é tempo suficiente para mudar toda uma vida?
Detalhes preciosos:
1. A cena do roubo com final surpreendente;
2. Os amigos travestidos da protagonista que ficaram famosos como Lex Luthor de Smallville e Lucius Malfoy de Harry Potter e a Câmara Secreta;
3. A lista de presentes que Nelson oferece a Sarah.
Frase:
“- Por que um mês?
- Porque é pouco tempo para se apaixonar, mas o suficiente para acontecer algo incrível.”
Música:
Wherever You Are - Celeste Prince
Cena que adoro:
A cena em que Nelson espalha calendários com o mês de novembro pela casa toda. Clique aqui para ver.
Frida no Celular
Sabor de Chocolate

O chocolate da Nestlé tem gosto das brincadeiras com minhas miniaturas pouco articuladas de heróis, todas ganhadas em promoções de refrigerantes e das raras idas ao supermercado com minha mãe onde eu ficava “namorando” a sessão de brinquedos. Com o nariz pra frente e as mãos cruzadas às costas (sempre fui um menino muito obediente) chegava pertinho daquelas caixas grandes e coloridas sonhando, um dia, ter um Ferrorama (trenzinho movido à pilha da Estrela), mas me contentando com os bichinhos de plástico que vinham junto com as promoções de margarina.
Penso que as limitações daquele período contribuíram para o enriquecimento de minha criatividade: uma lata de leite ninho cheia de tampinhas de garrafa era esconderijo secreto para tesouros valiosos; figurinhas de Ping Pong coladas umas nas outras viravam rolos de filme animado; pedacinhos de madeira eram as paredes da Sala de Justiça que abrigava um Super-Homem todo azul e uma Mulher Maravilha toda vermelha; cipós viravam corda pra pular; pedras roliças do rio viravam peças pra jogar “Baliza” e por aí vai...
Não sei explicar direito meu saudosismo em relação àquela fase da minha vida. Talvez porque todos os fragmentos de sonhos e as coisas que foram vividas lá atrás formam juntas esse viver adulto que ainda não se encontrou. Hoje, meu desejo é me (re)encantar diante das limitações, tranformando-as em possibilidades que me aproximem daquela paz gostosa com sabor de chocolate branco.
Uma imagem
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Fortaleza da Solidão

Desapontado disfarço o sorriso sarcástico ao comparar meu quarto com a Fortaleza da Solidão (aquela do Super-Homem). Lugar onde minhas memórias podem ser descobertas. Lugar onde me encontro e me expresso. Lugar onde reina o isolamento, o distanciamento, o frio...
Perco-me entre os acordes da música que me motivou a escrever isso e sinto medo de terminar só. A cada dia descubro mais de mim mesmo. Rio sozinho ao confirmar minha total incapacidade pra ser um super-homem. As alegrias e as frustrações desse sentimento me vibram a carne. Maldito coração pulsante que enleia mais sentidos na tentativa de achar mais um pedaço do caminho.
Imagem capturada em http://misteridigital.files.wordpress.com/2007/09/fortress-of-solitude-superman.jpg
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Tou ouvindo!

02. I Believe in you - Il Divo & Celine Dion
03. Escucha a tu corazón - Laura Pausini
04. Stigmatized - The Calling
05. L'Ombra del Gigante - Eros Ramazzotti
06. U want me 2 - Sarah McLachlan
07. Yo te voy Amar - N'Sync
Imagem capturada em http://www.tapedeck.org/master/
Habilidade em ressuscitar

Sem perceber já chegamos em novembro. As lojas e a cidade já decoradas para receber o Natal, que a cada ano parece chegar mais cedo, e meu calendário do Pequeno Príncipe mostrando sua penúltima imagem. É, quando se está ocupado o tempo passa feito trem-bala. Tanto que pareço já estar às vésperas da Páscoa de 2009.
Ultimamente eu ando com uma bandeira branca no bolso, com a missão de fazer as pazes com meus caranguejos internos. Pelo mesmo motivo que decidi freqüentar as aulas chatas da academia para fazer as pazes com meu corpo: preservar o que ainda tenho e recuperar o que me falta, antes que eu morra por conta disso... Pois se morre de arrependimento e coração partido e de chateação também, como posso comprovar nas inúmeras mortes que tive e sigo tendo por aí. Quem diz que só se morre uma vez nunca leu aqueles versos de Elisa Lucinda que você me enviou há 5 anos atrás, lembra?
“A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar vivo todo dia.
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas (...)"
A última semana foi atravessada por oscilações entre angústias e instantes de sossego. Conheço já aquela minha estranha mania de viver no futuro, me esquecendo que, para existir um amanhã, um hoje se faz presente. Para quem vê do lado de fora, minha vida parece calma, à meia-luz, com trilha sonora instrumental e um monte de possibilidades ao meu redor. Tudo calminho e teoricamente sem traumas, em resumo. Pode até ser, mas então por que é que a única parte do meu corpo que não exala preocupações, a esta altura, é o meu nariz? (e olha que hoje ele amanheceu com uma espinha enorme!). De resto, tudo está esticado ao limite!
Talvez seja a hora de colocar em prática aquela minha habilidade em ressuscitar. Há de se ver o lado bom das coisas - ou inventá-lo, se preciso. O que não é possível é ficar andando com a nuvem de preocupações na minha cabeça o tempo todo.
Hoje estou um chato! Desculpa pela carta-desabafo que também não diz muita coisa, mas é só o que tenho a dizer.
Abraços 'friorozos' (porque de calor, basta só o de Goiânia. Ufa!)
Wolney
Imagem: Wolney Fernandes
domingo, 2 de novembro de 2008
Disney de lápis de cor
Os porquês dos meus desenhos Disney pintados com lápis de cor:
1. Fantasia
Porque sempre quis fazer os desenhos se moverem.
5. A Dama e o Vagabundo

Porque sempre quis fazer os desenhos se moverem.
2. Pinóquio
Porque foi o único desenho que meu pai fez pra mim.
3. Branca de Neve e os Sete Anões
Porque eu gostava mais da bruxa do que da princesa.4. Alice no País das Maravilhas
Porque o quintal da minha casa era aquele lugar mágico.

Em 1933 e agora

Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
Fernando Pessoa
02/8/1933
Imagem: Wolney Fernandes
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