Na mesa ao lado do computador estava o livro do Calvin & Haroldo que a Núbia me deu de presente de aniversário. Nas pontas dos dedos aquela vontade de escrever e mostrar que "eu ando pelo mundo prestando atenção em cores". Era junho de 2007. Dia 17.
De lá pra cá, tantas escrituras e urdiduras foram esboçadas em instantes possíveis:
1. Escrevi bilhetinhos apaixonados e uma dissertação de mestrado.
2. Viajei em imagens pintadas no muro da esquina e em Nova York.
3. Juntei Guns N'Roses e Wilson Simoninha em uma mesma playlist.
4. Catei retratos pela rua e fiz morada em paisagens em transição.
5. Plantei silêncio por semanas sem fim e escrevi incessantemente por dias a fio.
6. Entrelacei amizades e cumplicidades e com elas inventei um novo blog.
7. Falei de filmes que me atravessaram e me deixei atravessar por dores de amores.
8. Comprei livros, brinquedos e absurdos.
9. Fui Michelangelo, Frida Khalo e Magritte de uma vez só.
10. Desenhei e fui desenhado.
Foto: Wolney Fernandes
Um comentário:
Poeta, artista, doce menino levado, amante... da vida, do cotidiano, das cores... do que de bonito é possível ser, fazer, desejar. Obrigado por tornar 'possíveis esses instantes', essas sensações agridoces, essas imagens dialógicas, esses sentimentos que brotam, esses nós que trancam na garganta. O bom dos dias corriqueiros é navegar nessas tuas idéias/imagens inventivas que tocam meu corpo, me arrepiam e me encantam diminuindo as distâncias entre estar, querer, desejar e realizar. Poéticas graças e estimados louvores a ti, nobre artista, cálido moleque, erótico homem...
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